domingo, 29 de setembro de 2013

O Papa das frases coordenadas sucede ao das subordinadas

Diz o cardeal Ravasi que enquanto Bento XVI usava mais frases subordinadas, Francisco usa mais coordenadas. 

Por outras palavras, Bento era mais "que", já Francisco é mais "e". Compreende-se. Um era da escrita; o outro, da oralidade. Um era mais racional; o outro é mais emotivo. O primeiro era mais tímido; o de agora é mais expansivo. Onde um hesitava, o outro é mais direto. Um preferia livros, o outro prefere pessoas. Bento era o intelectual, preferido de professores, filósofos e jornalistas; Francisco é o pastor, preferido de cidadãos em geral, políticos e ateus hesitantes.

Quando Bento foi eleito, comentei com amigos que era um erro eleger um intelectual para Pastor da orbe. Bento nem se saiu mal e eu emendei-me, continuando, no entanto, a criticar a ratzingerização da teologia. Quanto a Francisco, só lhe peço que não faça teologia, coisa que deve estar bem longe dos seus planos. Outros a farão a partir do que ele diz e faz.

5 comentários:

Anónimo disse...

Pois, se calhar o grande problema é andar a fazer teologia...

Anónimo disse...

Pois, se calhar o grande problema é andar a fazer teologia...

Helena V. disse...

De onde tiraste esta informação, António Jorge? É interessante: sendo uma questão colocada no plano sintático, permite-se a um estudo semântico interessante. Abraço.

Jorge Pires Ferreira disse...

Helena,

o que escrevi baseou-se numas frases daqui:

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/524171-por-que-os-papas-escrevem-as-pessoas-laicas-entrevista-com-gianfranco-ravasi

Helena V. disse...

Obrigada. Vou ver. Abç

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