domingo, 9 de dezembro de 2012

Bento Domingues: Cortar nas gorduras do presépio


Bento Domingues no "Público" de hoje: "Há limites para cortar nas gorduras do presépio. Por este caminho, ainda vão despedir os pastores, cortar os presentes dos Reis Magos e racionar as horas de iluminação do presépio. Perigo maior: teremos a família da crise, pai, mãe e um filho, cortando as narrativas sobre os «irmãos e irmãos» de Jesus".

5 comentários:

Peter disse...

“Só peço que não façam dogmas dos frutos da imaginação da fé.”

(Bento Domingues. "Cortar nas gorduras do presépio")


Esta última frase de Bento Domingues é tremendamente profética! Afinal, o que é que se tem feito na realidade ao longo destes séculos nos terrenos da Fé! Essa questão do presépio é apenas uma metáfora molecular no interior dessa outra dimensão que já não permite à consciência humana apreendê-la totalmente, tais as ramificações dessas metástases que invadiram o Corpo espiritual que sustenta, alimenta e abriga a alma humana!

Não é por caso que o Corpo está tão enfermo, ainda que se encharque em “drogas”… como aquele doente que não reconhece que está enfermo mas ainda assim vai se encharcando voluntariamente com medicamentos, nessa metáfora dos gestos e dos agires de um passado que regressam naqueles que procuram desesperadamente a cura para as suas doenças espirituais! Quando se está desesperado, tudo vale, tudo se procura e experimenta para a manutenção das sobrevivências! Por isso digo tantas vezes que o problema da crise na Igreja é mais profundo do que pensamos ou nos querem fazer crer!

Peter disse...

Quando não há espaço para depurar os gestos e as palavras que abrem o coração humano a redescobrir a REVELAÇÃO com um novo olhar e um novo espírito que não está agrilhoado aos dogmas nem ao estabelecido, a CURA do Corpo jamais se fará possibilidade! Agora mesmo o episódio do encontro entre Nicodemos e Jesus inundou a minha presença quando escrevia estas palavras!

Anónimo disse...

"Assustado" ou "amadurecido"? Vou pela segunda, claro está, em oposição ao comentador-poeta que faz de cada frase sua, um bocejo intelectual. Que pantomina! Nem sequer deve saber o que é um dogma, pois o único dogma que conhece é o das suas convicções que, drogado com a sua vaidade imatura incapaz de reconhecer que cada pedra em que toca é o maior erro teológico, estima infalíveis. Que vergonha! Nem um pingo de humildade, pois acha-se um iluminado ou um inundado semelhante a quem se encharcou numa qualquer droga legal susceptível de gerar estados alterados de consciência para disfarçar a sua inconsciência. Trate-se, mas é.

Peter disse...

Anónimo das 9:53 p.m.
Veja lá não vá ficar demasiadamente amadurecido e depois sem dar conta acaba por cair dos ramos da presunção dessa árvore teológica e doutrinal onde pendura a sua presunção! Bom, sempre será menos difícil os tratamentos dos joelhos por causa de alguma queda no caminho da busca de Deus, do que essas quedas que surgiram desses arranha-céus das intolerâncias que deixam sempre fracturas incuráveis na coluna que sustenta o corpo das suas infalibilidades e certezas absolutas!

E o “comentador-poeta” não está para aturar-lhe as suas faltas de educação saídas do seu cristianismo brejeiro, por isso, passará a ditar a sua poesia dirigida a sua eminência parda na mesma linguagem de pedreiro e de pedreiras onde habita a sua consciência mal formada e por isso tão mal educada! Trate-se!

Anónimo disse...

Não se preocupe, ó poeta-comentador, com o tratamento que pensa que eu necessito: não caio, como você faz a torto e direito (a depreender pelos seus comentários ofensivos de todos e todas), no caminho da busca de Deus, pois sigo o que Ele, em Jesus, me ofereceu pela sua Igreja vivida por milhares de pessoas que consumiram a sua vida pelo saber teológico e não pelo que lê em qualquer "Nova Gente eclesial" . Mas obrigado com a sua preocupação.

Só há doze bispos no mundo. São todos homens e judeus

No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...