segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"Como é estúpido defender o cristianismo"


John F. Haught

A história do cristianismo é mais uma história do sofrimento e da ignorância humanas do que uma história da resposta ao amor de Deus.
Sam Harris

Como é estúpido defender o cristianismo… Defender algo equivale sempre a desacreditá-lo.
Kierkegaard


Frases citadas por John F. Haught no último capítulo de “Diós e el nuevo ateísmo” (Sal Terra; índice e primeiro capítulo aqui). Este autor tem pelo menos uma obra em português, "Cristianismo e evolucionismo em 101 perguntas e respostas", na Gradiva.

7 comentários:

Anónimo disse...

O cristianismo é uma história completamente infantil e ignorante.
Querem maior prova de ignorância do que as celebérrimas procissões? Agora no Verão até se tornam atração turística:
Um mundão de gente atrás de esculturas representando homens, mulheres e às vezes crianças, engalanadas em andores e carregadas em ombros com esforço. Há zonas do nosso país em que os andores têm vários andares.
Aparecem crianças e por vezes adultos mascarados de anjos e outros trajes, sem no entanto ser carnaval e que ridiculamente desfilam pelas ruas.
Depois há pessoas que vão descalças, não se percebe se é porque não têm sapatos e estão à espera que alguém lhos ofereça, ou se é porque gostam de emporcalhar os pés.
Quase todos os que participam na procissão, ou desfile como lhe queiram chamar, vão com um ar sério e circunspecto, mas há também os que vão a dar à língua com o do lado.
Vai sempre, pelo menos menos uma banda a tocar. Vai também um carro sonoro com palavras de ordem, embora sejam de cariz religioso.
Por baixo de uma espécie de garda-sol retangular com muitas varas costuma ir um padre ou um bispo e pessoas importantes da sociedade local a segurar nas varas. Normalmente são políticos. Não percebo o que se passa ali e porque é que só uma pessoa tem direito a passear debaixo do guarda-sol e ainda por cima com aquele aparato todo.
No fim disto tudo costuma ir a polícia. Penso que à frente também vai. Mas isso até me parece bem, porque gente que faz figuras destas não há-de ser lá muito boa da cabeça, daí que a presença das autoridades seja importante para prevenir desacatos.

Anónimo disse...

Se o que escreveu exprime o seu pensamento (que manifesta uma completa exterioridade em relação ao facto religioso), pergunto-me por que razão visita este blogue. É um ateu inquieto ? E gastou tantas palavras para apoucar aquilo que, patentemente, não compreende... Falava-se, antigamente, de católicos inquietos. Afinal, também há ateus inquietos. O ateísmo (convicto e tranquilo) já não é o que era...

Anónimo disse...

6:21 a.m.
E se não se tratar nem de um ateu inquieto, nem de um católico inquieto?
E se nem sequer se tratar de inquietude?
E se for simplesmente a constatação de um facto sem envolvimento nele?
Pode tratar-se simplesmente disso...

Anónimo disse...

O primeiro interveniente dá um certo um gozo. E depois apanha com respostas com muita classe como o das 6.21a.m. É para aprender...

Anónimo disse...

Consegue-se apoucar aquilo que é nada?

Anónimo disse...

Alguém pode explicar onde está a "classe" do 6:21am?
Quem nos garante que o tal "gozo" do primeiro interveniente não provém de alguém que sabe muito bem o que está a questionar?
Para ele uma procissão é aquilo que vê, enquanto observador que não se envolve nesse acto religioso.
Para nós, católicos, uma procissão é um testemunho público da nossa Fé.
Tal como nós temos o direito de testemunhar a nossa Fé através de uma procissão, e de nos defender das críticas à nossa religião, não me parece de todo incorrecto que um ateu que se depare com uma procissão tenha o direito de opinar e até "gozar". Porque não?
E por que razão não pode ter o direito de consultar e até opinar neste blogue?

Unknown disse...

Curiosamente os ateus também fazem procissões. Em Bruxelas o estado laico gasta milhões a organizar a Zinneke parade que ocorre de 2 em 2 anos e tem como objectivo principal a criação de laço social a nível de bairro/zona da cidade. Ironicamente eu chamava-lhe a "procissão da esquerda" pois como nesta os carros alegóricos saão interpretações criativas dum tema e fazem um certo percurso pela cidade a uní-lá ou como diria Mircea Eliade lido à demasiado tempo, a rescrever na terra o percurso do sol no céu. E lembro-me mesmo que cerca de 2010 o tema esteve relacionado com a alimentação, forma redundante de comungarem, não vos parece? Então porque uma s crianças vestidas com camisa de noite e asas para representar os enviados de Deus e uma mulher que acolhe em si o principio criador do universo haverão de ser uma cosmogonia desprezível e ridícula se conseguirmos também nós ter a virilidade de suportar a transcendência e a conciência que enquanto humanos estaremos sempre ligados com narrativas e esta, que aguenta a coisa deslumbrante dum Deus-bébé que se vem a sacrificar por nós, é do mais genial que alguma vez alguém se lembrou? E não são as gaypride as procissões duma época que não suportando o que transcende o ego nega a diferença dos sexos e com ela a Alteridade? Teresa Martins

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