quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Deus vem a Público - livro de entrevistas de António Marujo



Informação da editora Pedra Angular

Chegou já às livrarias (…) o primeiro volume do livro «Deus vem a Público — Entrevistas sobre a transcendência», de António Marujo (…).

A forma de dizer o nome de Deus foi sempre plural. A pluralidade de olhares é uma marca destas entrevistas, que reflectem diferentes palavras e modos diversos de olhar o mistério insondável a que se chama Deus. E que tanto podem provir de um cristão católico ou protestante, de uma muçulmana ou de um judeu, de um budista ou um não-crente. Nelas se debatem cortinas de dogmas que por vezes tolhem a possibilidade de um debate sério e mais rico sobre muitas das questões que a Deus e à humanidade dizem respeito. Ou revela-se o espantoso empenhamento radical de mulheres e homens na construção de uma «parábola de comunhão» para a casa comum da família humana. Ou ousa-se propor novos horizontes aos modos de olhar. As entrevistas foram inicialmente publicadas no Público (em alguns casos, apenas em versões reduzidas) que, desde a fundação, «deu uma atenção moderna e esclarecida ao noticiário religioso», como um dia escreveu Eduardo Prado Coelho. O facto de estes textos serem agora reunidos muito fica a dever a essa atitude fundadora e à concretização que António Marujo lhe imprimiu.

António Marujo é jornalista do “Público” desde 1989, tendo-se dedicado no jornal às questões religiosas. Venceu por duas vezes (1995 e 2006) o prémio de jornalismo religioso na imprensa não-confessional, instituído pela Fundação Templeton e Conferência das Igrejas Europeias. É autor ou colaborador de vários livros.

Neste volume publicam-se entrevistas feitas a: Abbé Pierre, Aga Khan, Albert Friedlander, Alessandro Zanottelli, Aloísio Lorscheider, Andrea Riccardi, Anne Nasimiyu, Antônio Moser, Asma Barlas, Azim Nanji, Bronisław Geremek, Carlos Gil Arbiol, Carlos Padrón, Dalai Lama, Erri de Luca, Eugen Drewermann, Feisal Abdul Rauf, Gianfranco Ravasi, GianMaria Polidoro, Gianni Vattimo, Godfried Danneels, Hans Küng, Irmão Aloïs de Taizé, Irmão Roger de Taizé, Jacques Arnould, Jacques Gaillot, Jaime Gonçalves, Jean-Marie Lustiger, Jean-Noël Aletti, Jean-Yves Calvez, Joan Chittister, Johann Baptist Metz, José Andrés-Gallego, José António Pagola, Josep M. Soler, Joseph Comblin, Jordi Savall, Juan José Tamayo, Juan Masiá, Jürgen Moltmann, Lavinia Byrne, Leonardo Boff, Mark Raper, Marko Ivan Rupnik, Michel Quesnel, Nicoletta Crosti, Paul Poupard, Pedro Meca, Philip Gröning, Raimon Panikkar, Rémi Brague, Renato Kizito Sesana, René Samuel Sirat, Rino Fisichella, Sergio Bastianel, Timothy Radcliffe.


Será, sem dúvida, um livro excepcional, com um título que é um achado, na sua simplicidade, pela revelação da finalidade e referência ao jornal que primeiro publicou as entrevistas.

Sendo leitor do “Público” desde o primeiro número, devo ter pelo menos passado os olhos por todas estas entrevistas. Algumas, muitas, recortei para guardar. Mas onde estava eu quando saíram as de Zanottelli, Geremek, Arnould? Pessoas de quem recentemente li algumas coisas (a admiração de Tabucchi por Zanottelli; “A piedade e a forca” de Geremek e os seus diálogos com G. Duby; o “Requiem por Darwin” de Jacques Arnould, que foi presença assídua neste blogue). Um livro para ler como grande novidade. Que é.

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