Mostrou-me muitas árvores que não tinham folhas, mas pareciam-me como que secas. Eram realmente todas semelhantes, e pergunta-me:
- Vês estas árvores?
- Vejo, Senhor, digo eu, são semelhantes e secas.
Respondeu-me dizendo:
- Estas árvores que vês são os que habitam neste mundo.
- Então, Senhor, digo eu, porque são como que secas e semelhantes?
- Porque, disse ele, neste mundo, nem os justos nem os pecadores se distinguem, mas são semelhantes. Este mundo é, para os justos, um inverno e não se diferenciam, enquanto habitam com os pecadores. Pois, assim como, no inverno, as árvores que deixaram cair as folhas são semelhantes e não se distingue quais sejam as secas das verdes, do mesmo modo, neste mundo, não se distinguem os justos dos pecadores, mas são todos semelhantes.
Parábola retirada de “O Pastor”, obra cristã de meados do século II, atribuída a Hermas. O escravo Hermas, depois de libertado, constitui família e acumula fortuna, mas acaba por desbaratá-la e é denunciado pelos seus próprios filhos a quando de uma perseguição aos cristãos. Durante a crise, Hermas encontra-se com enviados de Deus (“Visões”), o que dá origem à obra “O Pastor”.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Não se distinguem
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Só há doze bispos no mundo. São todos homens e judeus
No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...
-
Texto de Anselmo Borges no DN de sábado, 8 de novembro. Deixou de estar disponível online na íntegra.
-
Dostoiévski (imagem retirada daqui ) Dostoiévski escreveu em “ Os Irmãos Karamazo v ” :“Se Deus não existisse, tudo seria permitido”. A fra...
-
Não precisei de ler São Paulo, Santo Agostinho, São Jerônimo, nem Tomás de Aquino, nem São Francisco de Assis – Para chegar a ...
Sem comentários:
Enviar um comentário