domingo, 28 de março de 2010

Morrer e viver para sempre

"Morrer faz parte da nossa dignidade e é uma condição para a nossa felicidade actual. Isto conduz-nos a situarmo-nos no tempo, com os seus prazos e os seus projectos. Quem de entre nós, honestamente, desejaria que a sua vida actual se prolongasse indefinidamente? Se nós pensamos em vida eterna, ela não é desejável senão sob uma outra forma, que nós somos incapazes de imaginar.

Entre a nossa vida de hoje e a nossa vida depois da morte, existe a mesma continuidade que entre o grão semeado e a planta que há-de nascer dele.

Na cena da transfiguração, que contam Mateus, Marcos e Lucas, Jesus transfigurado era inteiramente Ele mesmo e inteiramente diferente. Como Ele também nós estamos destinados a ser por toda a eternidade inteiramente nós mesmos e inteiramente diferentes, as trevas que há em nós terão sido transformadas em luz. Uma vida assim vale então a pena durar para sempre".


Michel Quesnel, in “Cristo vivo para a cidade”, Congresso Internacional para a Nova Evangelização, Lisboa 2005

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