sexta-feira, 17 de julho de 2009

Citius, Altius, Fortius

No livro “Requiem por Darwin”, Jacques Arnoult diz que o Padre Henri Didon escreveu um dia que “quando se pretende dominar o animal, não se deve nem exasperá-lo, nem fugir-lhe. É preciso aproximar-se dele, obrigá-lo a olhar nos olhos, e não recear, se necessário, poisar a mão na sua cabeça e afagar-lhe a crina”. Ok. E então? Nada de especial. O que me chamou a atenção foi como o autor do livro caracterizou Henri Didon. Disse isto: “O inventor do lema dos Jogos Olímpicos, (…) o admirável padre Henri Didon”. Fui procurar.

Henri Didon (1840-1900), dominicano, foi discípulo de Lacordaire, escreveu um best-seller sobre Jesus Cristo e foi director de um colégio onde o desporto fazia parte da pedagogia (antes disso estivera retirado na Córsega devido a afirmações tidas como modernistas principalmente na questão do divórcio).

Pierre de Coubertin procurou através deste padre que as escolas religiosas incluíssem actividades desportivas nos seus currículos. Parece que foi no dia 7 de Março de 1891 que o Padre Didon mandou bordar na bandeira do colégio o lema “Citius, Altius, Fortius”. “Mais rápido, mais alto, mais forte”. Em 1894, no primeiro congresso olímpico, a frase é adoptada como lema. Didon está nas primeiras olimpíadas da era moderna. Atenas 1896.

Morre em 1900, em Toulouse, a caminho de Roma.

O vídeo conta como Didon e Coubertin se encontram. Na origem, um 29 de Fevereiro sem nada para fazer no colégio.

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